É muito comum que pessoas em relacionamentos longos deitem na cama após um dia, apenas queiram dormir e isso se torne uma rotina. Mas, será que isso significa alguma coisa? Será que a paixão e o tesão foram embora?

Segundo o psicólogo clínico e autor de um livro chamado O poder do Quando, Michael Breus, o problema não está dentro do relacionamento ou na libido, mas no timing. Em outras palavras, o momento antes de dormir não é mais adequado, pois o corpo busca descansar e não gastar energia.

 

Ritmo conveniente não é bom

Segundo o psicólogo, 72% das relações sexuais acontecem no que ele chama de ritmo conveniente. Isso significa que o sexo acontecerá quando as pessoas já estão na cama, estão disponíveis e o sexo não atrapalhará o trabalho. Ao final das contas é uma realidade pouco romântica e se repete nos lares. Esse momento acaba acontecendo entre 10 horas e 11: 30 da noite e apenas algumas vezes por semana.

 

Menos energia e disposição

Acontece que esse horário não é bom para fazer sexo segundo o cronotipo. Ao final da tarde, a testosterona tende a ser produzida em menor quantidade, assim como progesterona, estrogênio, adrenalina e cortisol. Enquanto isso, os níveis de melatonina estão altos, que é o hormônio indutor do sono.

 

Pela manhã é melhor

Em vez de fazer sexo antes de deitar, o psicólogo sugere usar o ritmo do desejo e iniciar atividades sexuais pela manhã.

Nesse período do dia, os níveis de testosterona estarão altos em todos os gêneros. Além disso, fazer sexo pela manhã ajudará a reduzir o estresse e melhorar o humor. Afinal, após o orgasmo, o corpo produz hormônios de afeto e bem-estar que poderão se refletir em como se sentirá em relação ao o/a parceiro/a ao longo do dia, aumentado a conexão perdida pela falta de sexo.

Segundo sua teoria, isso ajudará a pessoas em relacionamentos longos a fazer mais sexo. Além disso, pela manhã é mais provável que a relação dure mais, que ambos consigam ter uma performance melhor e satisfatória.

Além de trocar a hora do sexo, da noite pela manhã, o Dr Breus sugere que o cronotipo seja respeitado. Para quem não sabe, esse é o termo usado para indicar uma manifestação do ciclo circadiano, que regula os ritmos internos das pessoas.

Essas características acabam sendo únicas, de acordo com a singularidade de cada um, assim como genética e ambiente podem afetar. O Dr. Breus divide os ciclos em quatro tipos: golfinhos (20hs), leões (6hs às 7hs), ursos (7hs ou 21hs) e lobos (10hs ou 22:30hs).

Segundo sua teoria, esses horários são chave e o momento que o corpo estará mais propício a ter relações sexuais, de acordo com o perfil do ciclo circadiano. Se não for possível fazer sexo nessas horas, o Dr. Breus indica investir em masturbação, vez ou outra para tirar todo o potencial de prazer a ser explorado. Uma boa dica para estimular independente do seu horário de preferência são acessórios e brinquedos eróticos!